quinta-feira, 16 de agosto de 2012

trecho do li vro crepusculo - cap 13 - confissoes


...eu teria gostado de me deitar de costas tambem, como ele fez, e deixar o sol aquecer meu rosto. mas fiquei sentado, o queixo apoiado nos joelhos, sem vontade de tirar os olhos dele. o vento sua ve; enroscava meu cabelo e agitava a relva q se espalhava ao redor de sua forma imovel....
...eu nao assuto voce? _perguntou ele brincalhao, mas pude sentir a curiosidade real em sua voz suave.
ele abriu mais um sorriso; seus dentes cintilaram ao sol.
aproximei-me mais um pouco , agora com a mao toda estendida para acompanhar os contornos de seu braço com a ponta dos dedos. vi que meus dedos tremiam e sabia que ele sabia que ele nao deixaria perceber isso.
importa-se? perguntei , porque ele fechara os olhos novamente,
-nao- ele disse sem abrir os olhos. nem imagina como é. suspirou.
passei a mao suavemente pelos musculos perfeito de seu braço , acompanhando o leve padrao de veias arroxeadoas por dendo da dobra de seu cotovelo. com outra mao, virei a palma dele pra cima, percebendo o que eu queria , ele viou a mao daqueles movimentos ofuscantes de tao rapidos e desconcertantes. isso me sobressaltou; meus dedos paralisaram em seu braço por um breve segundo.
-desculpe- murmurou ele. ergui a cabeça a tempo de ver seus olhos dourados se fecharem noamente. é muito facil ser eu mesmo com voce.
levantei a m,ao dele, virando -a enquanto via o sol cintiar em sua palma.
eu a trouxe pra mais perto do meu rosto , tentando ver os aspectos ocultos de sua pele.
- diga o que esta pensando- sussurou ele olhei-o e vi seus olhos me fitando, intensos de repente- nao saber ainda é estranho pra mim.
-sabe uma coisa, todos nós nos sentimos assim o tempo todo.
-é uma vida dificil.- sera que imaginei o sinal de arrependimento em sua voz?- mas voc e nao me contou.
-eu é que queria poder saber o que voce esta pensando...-hesitei.
- e?
- e queria poder acreditar que voce é real. e queria nao ter medo.
-nao quero que sinta medo. - sua voz era um murmurio suave. ovi o que ele nao pode dizer verdadeiramente, que eu nao precisava ter medo, que nao havia nada para temer.
- bom, nao me refiro exatamente ao medo , embora isso certemente dê o que pensar.
tão rapidamente que perdi seu movimento, ele estava quase sentado, apoiado no braço direito, a palma esquerda ainda em minhas maos. seurostao de anjo estava a centimetros do meu. eu podia- devia- ter me afastado de sua proximidade inesperada, mas nao consegui me mexer os olhos dourados me hipnotizavam.
- do que tem medo, entao? sussurrou ele intensamente.
mas nao consegui responder. como tinha feito antes, senti seu halito frio em meu rosto doce, delicioso, o aroma me dava agua na boca. era diferente de tudo que eu conhecia. instintivamente, sem pensar, cheguei mias perto, inspirando.
e ele se foi, a mao arrancada de mim. quando consegui colocar os olhos e m foo, ele estava a uns cinco metros de distancia, parado na beira da campina pequena, na sombra de um aberto enorme. ele me encarava, os olhos escuros nas sombras, a expressao indecifravel.
...lambeto muito. - ele hesitou- voce entenderia se eu dissesse que fui apenas humano?
assenti uma vez, sem conseguir sorri da piada da pele. adrenalina pulsava em minhas veias enquanto a percep çao do perigo afundava lentamente em mim. ele podia sentir o cheiro de onde estava sentado . seu sorriso ficou debochado.
-sou o melhor predador do mundo , nao sou? tudo em mim convida voce ... minha voz, meu rosto, ate meu cheiro. como se eu precisasse disso!- inesperadamente ele estava em pe , afastanto -se num salto , de imediato fora de vista aparecendo debaixo da mesma arvore de antes, depois de contornar a campina em meio segundo.- comos e pudesse ser mais rapida do que ele - ele riu amargamente.

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